SerTão de Mim
De meus males sei eu,
mulher que se fez instrumento verde
nas mãos da insanidade,
dia a dia com o vicio e seu ópio.
Tenho minhas mãos abertas
espetadas com espinho de rosas vermelhas.
Feito veludo que escorre o sangue,
feito couro exposto ao sol,
feito carne que se corta e salga pra temperar,
fez-se de mim um bezerro seco do sertão;
pele, osso e olhar sedento
pele, osso e ilusão.
Sou roupa que quara
e sol que renasce a cada dia.
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