exer citando

quarta-feira, junho 04, 2014

"O caminho que eu escolhi é o do amor. Escolhi ser verdadeira. No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero. Por isso a minha maneira de sorrir e de te desejar tanto bem. Eu sou aquela pessoa que acredita no bem, que vive no bem e que anseia o bem. É assim que eu enxergo a vida e é assim que eu acredito que vale a pena viver." Clarice Lispector

Está na hora de deixarmos de ser tão egoístas e reconhecer o amor de Deus ou Ele mesmo sendo o próprio Amor e todas as suas manifestações em nosso planos de vida. Quando falamos de amor, estamos antes de tudo falando de Deus ( para simplificar o conceito, uso esse termo ) e não de uma forma egoísta ou possessiva de amar alguém em especial. O amor transborda às nossas pequenas dualidades egóicas e ignorantes. O amor não tem fronteiras e não se resume a uma única história, mas a própria história da criação. O amor não fecha, o que fecha e enclausura é a paixão. Coragem paratodos nós!

segunda-feira, junho 02, 2014

Spirityouall

Bobby MCFerrin no TCA. Imperdível!

sexta-feira, maio 30, 2014

Ecoando

http://m.youtube.com/watch?v=2RMUdyPDvVI

Essas duas juntas é sacanagem...!

quarta-feira, maio 28, 2014

As Cidades Invisíveis

" É uma cidade igual a um sonho: tudo o que pode ser imaginado pode ser sonhado, mas mesmo o mais inesperado dos sonhos é um quebra- cabeça que esconde um desejo, ou então o seu oposto, um medo. As cidades, como os sonhos, são construídas por desejos e medos, ainda que o fio condutor de seu discurso seja secreto, que as suas regras sejam absurdas, as suas perspectivas enganosas, e que todas as coisas escondam uma outra coisa.
- Eu não tenho desejos nem medos- declarou o Khan -, e meus sonhos são compostos pela mente ou pelo acaso.
- As cidades também acreditam ser obra da mente ou do acaso, mas nem um nem o outro bastam para sustentar as suas muralhas. De uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas.
- Ou as perguntas que nos colocamos para nos obrigar a responder, como Tebas na boca da Esfinge."

Ítalo Calvino

Do Himalaia de Brotas

Acabou de me ocorrer porque de fato vim morar em Brotas, além das conveniências cotidianas. Brotas é um dos lugares mais altos de Salvador, uma das maiores montanhas da cidade e é justamente nela que achei um abrigo de transformação e aquietação. Além de melhorar minha respiração e a possível melhora da qualidade do prana, amplio também a minha visão e posso andar mais pelas ruas para resolver pequenas coisas e grandes também. Karma e Darma quando andam juntos formam essa teia, esse tear que vai tecendo nossas vidas e quando nos colocamos na condição de aprendizes e ouvintes do universo, podemos fluir melhor. O entendimento vem aos poucos.
Aqui do alto dessa pequena montanha vejo verde, vejo concreto, vejo fios, redes de comunicação, torres e a calma de uma rua tranquila. Subo as escadas do meu prédio como quem sobe a colina até chegar ao topo da montanha e poder descansar para então, começar um outro trabalho, ser a montanha. E quem sabe não precisemos todos ir ao Himalaia para darmos o nosso vôo, se eu consigo me equilibrar em cima de uma pedra pontiaguda, então posso treinar abrir as minhas asas e voar à altura que me cabe, e se eu vôo a partir de dentro, meu alcance é incomensurável.
Obrigada Pai/Mãe Amados pela possibilidade de crescer e amar!

terça-feira, maio 27, 2014

O coração da gente é que sabe o quanto a gente suporta!

Transições

Hoje eu tô me sentindo tão cansada, tão cansada, mas tão cansada, que só me resta chorar, chorar muito, chorar de deixar o corpo mole, quase inerte, quase anestesiado, quase morto. Deixar a água levar meus males, minhas dores, meus cansaços. Limpar, varrer, purificar, me trazer sangue novo e fazer renovar as forças, saber que quase tudo que sentimos é passageiro e transitório, a única coisa que não transita é a verdade e é com ela que eu quero estar, por mais difícil que seja assumí-la e realizá-la, não há nada mais real, puro e simples do que a verdade. O corpo precisa passar por transformações às vezes bem radicais para chegar mais perto da alma e para isso é preciso coragem, chorar quando vem a dor e saber que ela também passará, faz parte do processo do desvelar. Entendemos muito pouco sobre sermos quem somos... Pausa para um acontecimento que me faz dar um sorriso profundo, meu filho chega na rede, onde eu estou escrevendo, e fala: mamãe porque você está chorando? Eu digo que estou sentindo um pouco de dor mas que vai passar, igual quando você chora, depois não passa? Ele vem, seca minhas lágrimas com suas pequenas mãos e meu coração entende que a dor é passageira quando se tem amor!
É isso, comecei ele texto chorando muito e em menos de 5 minutos já sinto o alívio por sentir amor. E no fundo não é isso que importa, não é essa a verdade imanente em tudo?!
Deixo aqui o meu amor pela escrita, o meu amor por este blog, amigo e companheiro de mim.

quinta-feira, maio 22, 2014

Cores sutis









domingo, maio 18, 2014

Minhas cidades e eu_primeira parte

Nascida em Feira de Santana, me recordo de olhar pro céu com certa freqüência, talvez como um sinal de reconhecimento ou de desencontro com aquele lugar. Lembro muito bem de aos quatro ou cinco anos sentir uma nostalgia de um lugar que não era aquele, uma saudade de um tempo diferente, talvez fosse um lugar do futuro ou de um passado tão distante que eu só poderia reencontrar andando pra frente. Lembro de quintais e garagens, de ir de bicicleta pra escola e de andar pelo meio-fio como uma equilibrista a um passo dela mesma. Lembro das brincadeiras no meio da rua com os vizinhos, do doce de leite de prato que minha avó fazia que era de babar, literalmente. Lembro das primeiras paixões, dos primeiros sonhos, de cantar enlouquecidamente pela escola toda vez que tinha aula vaga. A escola foi uma boa cidade pra mim, não necessariamente pela qualidade do ensino, mas pelas experiências que me proporcionou. Lembro do tédio que eu sentia dia de domingo naquela cidade, como se ali tivesse uma convergência energética estranha que me deixava em suspensão; lembro do centro espírita ao lado da minha casa e dos cachorros latindo em dia de sessão; lembro das primeiras experiências com as mortes, dos corpos velados lá em casa, dos corpos mortos lá em casa e do meu próprio corpo sentindo e temendo essas mortes, ainda que aquilo pra mim deflagrasse um universo interessantíssimo a se conhecer, o último sopro. A passagem para Salvador se deu aos 18 anos quando vim fazer faculdade e a cidade surgiu como um delicioso lugar de liberdade onde eu poderia viver sem ter hora de voltar pra casa, viver suas ruas, sua cultura, seus bares, sua arte e suas pessoas, fazendo muitos amigos e absorvendo todas as oportunidades de crescimento e conhecimento que ela me dava. Salvador parecia pra mim aquele presente que vai se revelando aos poucos e vai te seduzindo, quando você menos espera já está dormindo agarrado com ela e tanto tempo se passouSalvador é hoje como um casamento, eu sei que posso me separar dela a qualquer instante porque ela também é claustrofóbica, mas ao mesmo tempo ela me convida a ir mais fundo e a penetrar em seus mistérios, tomando coragem para a próxima etapa, o próximo ciclo, assim também como no casamentoApós algumas decepções de convivência, comum em qualquer relação, tenho um ataque de quase ogeriza à cidade, rodo a roleta pra tentar a sorte em outro lugar, quase moro em Minas Gerais, quase moro no Capão, quase moro em Amsterdam, quase moro em Santa Catarina, mas parece que Salvador tinha feito um trabalho para mim e eu não consegui me separar dela e ainda, de caso pensado ou não, vá saber, ela me dá dois filhos como que traçando um vínculo pro resto da vida entre nós. Olho esta cidade, observo em silêncio seu movimento, essa barriga que gera e vez por outra expulsa seus filhos, muitas vezes filhos ilustres que se nutriram dela, mas que tiveram que crescer em outras cidades, expandiram seus horizontes em outros territóriosSalvador é uma prova de resistência, há que se ter paciência com ela, ainda bem que eu tenho a minha rede e nela posso me conectar e desconectar com a brisa que entra pela janela.