exer citando

domingo, agosto 14, 2011

eu e a lua num instante de percepção

Lá em cima no céu azul escuro, a lua brilha cheia e olha pra mim. Me encara como que a uma irmã distante tentando me dar conselhos ou simplesmente pedindo preu me acalmar, que apesar dos vendavais e furacões terrestres os ventos brandos hão de chegar. Os movimentos são constantes na vida, não há vida parada, ou água parada ou mesmo lua parada, ela mesma tem suas fases e seus ciclos e nos ensina sobre progressões de formas existênciais ou de formas perceptivas para quem olha da terra. Não é que ela se corte todos os meses um pouco e logo depois se regenere dando origem a ciclos constantes de mutação, mas são nossos olhos aqui da terra que por uma questão espacial/geográfica nos faz acreditar que ela se modifica tanto; e se quem se modifica tanto formos nós? e se quem precisa se modificar tanto somos nós ou os nossos pontos de vista? se tirarmos nossos olhos da terra e colocarmos nela, talvez veremos que quem muda tanto é a terra, tudo depende do referencial!







Desse referencial que tenho agora, daqui da minha rede a uma pequena elevação do chão, vejo a lua pacata no céu, calma e majestosa, entendendo que a sombra de algumas nuvens que passam sobre ela diminuindo sua intensidade luz-nar, são apenas nuvens que passam e por mais tempo que elas insistam em encobrí-la, está ela lá senhora de si; isso também me ensina coisas : ponto-referência-existência, sou eu também como a lua a luzir luz solar.