exer citando

quinta-feira, maio 10, 2012

Muros de palavras

Acho que sei porque moro em Salvador, pra aprender a ter calma, mais calma, cada vez mais callllma. Aprender a lidar com a velocidade da minha mente e com as possibiliades de criação e interação que vejo, aprender a não ignorar o muro mas como atravessá-lo diluindo sua presença a algo menor do que a principio parece ser um muro.
Falar pra uma platéia vazia ou de poucos não necessariamente ilegitima o seu discurso, mas te ensina a dialogar com você mesmo (que seja), se colocar sempre como agente e ouvinte, emissor e receptor ao mesmo tempo, é o processo da comunicação. Os caminhos que se devem percorrer até formar platéia/ouvintes/atuantes, sim porque não interessa falar apenas para portas que não se abrem para a ação e para a prática, é como bater novamente em outro muro de concreto que aparentemente assemelha-se a gelatina.
Meu corpo é meu instrumento, minha mente é meu corpo em forma de vales montanhosos, minha voz é também meu corpo ainda a se conhecer, aprendendo a não temer o som; sobre meus corpos sutis não tenho muito a dizer apenas que eles caminham junto a mim e como eu estão a serviço, se descobrindo e exercitando a liberdade da escolha.
Desde que aprendemos a dividir o tempo em antes e depois falamos em presente, passado e futuro. Tudo é intenção, construção e ação contínua respeitando a todas as mudanças que se fazem necessárias com o passar do tempo, mas não há separação, apenas contagem de tempo.
Adoro dias nublados e chuvosos para escrever, me colocam pra dentro do cinza, que também é matiz colorida, também sou cinza.
Viva os escritores, esses também construtores de realidade!!!