RUBRA
UM CORPO BAILA
EM VERMELHO DE INTENSO FLAMENCO,
RODOPIA
A BARRA DE SEU VESTIDO
DESLIZA POR SUAS COXAS
QUE SOBEM E DESCEM
NO MOVIMENTO
DOS ESTALOS DE SEUS DEDOS
UM COQUE ALTO
MÃOS QUE SE ENTRECRUZAM
NO BAILADO QUENTE E COLÉRICO
DA ESPANHA
ELA SABE QUE A ATENÇÃO DA PLATÉIA
ESTÁ NELA, TODA NELA
NUM GIRO VERTIGINOSO,
DESMAIA
UM DESMAIO LENTO
SILÊNCIO
E A BAILARINA VOLTA A CENA
ALONGANDO-SE
E RECOBRANDO-SE DO TOMBO,
COMO SE FIZESSE PARTE DA CENA
TODOS A OLHAM,
A OBSERVAM,
A ADMIRAM.
BAILA
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