Azul é a cor mais quente

Acabo de chegar do cinema com aquela sensação de ter matado uma aula da faculdade e ido ao Cine Art assistir a uma sessão de tarde, um gozo solitário e singelo, uma das minhas ações  preferidas na época universitária. Me lembrei de quando eu fui assistir Desconstruindo Harry, do Woody Allen, me pocava de rir daquele esquizofrênico e suas análises loucas, o cinema quase vazio fazia parecer que eu estava em casa; e da vez que um amigo gatinho da universidade me chamou pra assistir O Padre, eu crente que ia rolar alguma coisa, quando eu percebi que ele estava excitado não por mim, mas pela cena de sexo entre homens do filme, pensei: que merda!!! Ok, vamos lá coleguinha...

Foram muitas histórias no Art, depois ele virou igreja Evangélica e nunca mais pisei lá, mas as histórias ficam, como o terror que eu senti assistindo A Bruxa de Blair, foi quase pânico mesmo, ainda lembro da respiração ofegante da menina e aquela coriza escorregadia iluminada pela lanterna.

Esses momentos me reafirmam o quanto eu amo cinema e o quanto ele permeia a minha vida.

Azul é realmente a cor mais quente!

Lindíssimo!