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terça-feira, maio 22, 2007

A ira da luta que ainda não aconteceu

Aprendi a antever o fogo e temer ser queimado por ele, aprendi a antever a chuva e temer o naufrágio, aprendi a antever o medo e temê-lo, aprendi a não ver o amor em sua plenitude para não ter que saber o que fazer com isso. Aprendi que prazer é coisa para os fins de semana e não uma conquista diária. Aprendi a rejeitar a minha intuição porque ela é destituída da nossa rasa noção de razão, a razão da mente que nos limita quando insiste em dizer que preto é preto e que branco é branco, que dois mais dois não pode ser um milhão bem gostoso numa noite fria de São João. Mente que maltrata a gente sem juízo. Essa grande e miserável puta sedutora, aquela que homem algum resiste em cair de boca, a mulher fatal, incrivelmente linda, com botas de salto agulha, batom vermelho e uma arma na mão apontando pra você. Fuja enquanto há tempo!