Mais um que escreve.
Dos meus ouvidos saem cera na madrugada
Fazem zumzum num ritmo constante.
Lá fora silêncio e uma sexta a noite
Aqui dentro luz acesa e gata na cadeira.
Na minha frente o reflexo do espelho
na sala de trabalho dos meus cabelos,
E um emaranhado de pratos na estante.
Aos meus pés ladrilhos ranjentes e alvos
como o som próximo da dilatação.
Lá fora entra uma folha pela janela
Um olho me olha
O outro me esqueçe.
Sou só mais um na madrugada que escreve.
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