exer citando

quinta-feira, setembro 15, 2011

Aos homens de pouca fé

Criar não é tarefa para inexperientes ou novatos desavisados. Ter conhecimento das engrenagens da razão é tarefa árdua e trabalhosa, caminho de areia movediça soprado pelo vento, poeira entrando nos olhos e turvando a vista, quase que cegando a retina. Quando me deparo com certas armadilhas da vida em que fatalmente a razão quando não bem estruturada cai,sem paraguedas, é que compreendo a importância da fé; quando tudo te falta, chão, céu, balaustrada que seja com vista pro mar, investiga teu rico coração e te aquieta na fé. A fé na unidade vivida pelo próprio ser que respira, que não trabalha com faltas mas com presenças, enquanto os homens operarem sob o domínio da falta, continuarão medíocres e insensatos. Toda razão se perde quando se depende do outro para ser a si mesmo, não há outra banda de laranja que complemente o outro e o faça feliz para sempre, senão quando este mesmo homem descobre em si sua salvação e o seu caminho, atraindo assim seres em semelhante evolução.


Carecer, faltar, invejar as posses dos outros é permanecer em paixões, nas tormentas de um coração desequilibrado que acredita ter encontrado o remédio para seu terrível mal, e haverá remédio para sanar as dores eternas? pergunto eu e fico sem resposta.


Em sendo um devoto da vida e acreditando em sua divina providência ou em seu curso natural de acontecimentos, chego a algum equilibrio e mesmo sem enxergar um palmo à minha frente sigo adiante amando e libertando-me.