In memoriam
Eu, acostumada a me ver sempre com asas, tive-as cortadas.
E ao pensar que o portador da navalha recebeu-a de mim.
E desse mar que se secou
Restou apenas sal
Que salga a pele exposta a radiação
E desse rio que escorreu pra longe
Levou a lembrança de um dia de chuva e lágrimas
E as penas estão lá,
Cravadas e secas em meio à enxurrada de palavras.
Nada, absolutamente nada pode traduzir
A dor de um pássaro sem asas.
2 Comments:
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