exer citando

terça-feira, maio 22, 2007

MEDIOCRIATIVIDADE: TIRA ESSA ANSIEDADE DO MEU PEITO.

Peço mil licenças e perdões por possíveis equívocos cometidos no conteúdo destas palavras, para falar de um assunto muito delicado cujo objeto prefere ficar invisível e quieto no canto dele.
O não saber constante da existência de Deus perturba tanto, que é quase impossível não mencionar a nossa arrogância diante do óbvio, nossa cegueira diante da grande visão. Ele poderia até se passar por um rapaz tímido que despercebido passa pela maioria dos lugares por onde vai e só é notado por quem realmente o deseja enxergar, muito incoerente com a sua existência, aos nossos olhos, o rapaz. Aliás expansivo esse belo rapaz retraído, pra quê se mostrar mais do que ele já se mostra com tudo o que há, se alguém realmente o quiser conhecê-lo faz isso consigo primeiro e depois silencia pra poder escutá-lo."Por favor não tomem esse texto como um possível estudo para um livro de auto-ajuda, porque ele não vai ajudar a mais ninguém além de mim." De uma sutileza dilacerante, abre meu corpo e minha alma com apenas um sopro que nem mesmo esse se escuta, sem voz, sem cara, sem corpo. Não há como vê-lo se espero quase que por uma aparição fantasmagórica de um grande ser ou um grande monstro, fico pensando: e se ele fosse um ser medonho que homem algum agüentaria olhá-lo e por conta disso ignorasse-o completamente tamanha feiúra a do rapaz? Seria ainda maior o nosso distanciamento gerando as cidades dos homens sem alma, seres totalmente ensimesmados e frios.
Eu penso que é muita confusão que se faz ao tentar ser o seu próprio Deus e matar o original, muito embora precisasse tê-lo feito para saber que ele é imortal, por mais balas, facadas e bombas atômicas que tenha usado para exterminá-lo ele volta tal qual Jason em A Hora do Pesadelo. Assim não me resta mais nada a fazer a não ser curvar-me diante de tamanha sabedoria e admitir o tamanho que eu tenho neste mundo, não precisando ser maior do que o que sou, logo eu cresço para dentro, cresço além do meu corpo e assim eu posso chegar um pouco mais perto da sapiência. É duro ver que as pessoas ainda esperam pelo juízo final e ainda mais de braços cruzados, aguardando o grande estardalhaço de Deus, que ele finalmente dê o seu grande arroto na humanidade e com apenas um peteleco destrua a terra, na moral que ele deve achar um saco essa idéia, depois de tanto trabalho alquímico, biológico, fisico, metafísico e outros tantos dos quais não tenho noção, fazer tudo voltar a ser pó?!... ou vai ver que é isso mesmo, é o tempo dando tempo ao próprio tempo, a criação se livrando das crias, porque tem horas que não sai mais nada que preste, vai ver por isso Ele descansou depois de ter criado o homem (parafraseando o velho testamento). O fardo da criação é o seu descontrole, enchem-se as barrigas de novas crias e depois não se sabe o que fazer com todas elas – Queimem tudo na praça! Recordando os tempos medievais que ainda insistem na contemporaneidade. Pouco se sabe sobre a hora de parar, acho que a insistente velocidade é como a cocaína para a sociedade, um vicio que forja um tempo que não existe, uma velocidade que é assustadora, tal qual o tempo que a nossa sociedade insiste em imbuir em todos como fato consumado, então consuma. Qual o problema em usar a sua adrenalina, queridos mortais? Voltar a ser um pouco mais bicho natural que por ser natural sabe a hora de parar.
Deus, onde estais que não responde?
Deus, onde eu estava que não te ouvia!

ONDE ESTÁ WALLY, GENINHO E O MESTRE DOS MAGOS?