exer citando

quarta-feira, agosto 08, 2012

Hoje eu precisava de um bom motivo pra escrever e achei.

Qual cidades sem sementes, seguimos nós a mudar o formato das relações e esquecemos de cultivar nossos sonhos com amor.
Sabe porque nossos sonhos não se realizam? porque duvidamos deles. Como se não fôssemos dignos de tamanha alegria e satisfação carregamos essa cruz.
Êxtase sem nó no peito é possível, é um trabalho que se faz, mas tudo não é fruto de um trabalho? que seja amoroso pelo menos, porque ele continua sendo o que vale a pena, justifica tudo. As mudanças substanciais não acontecem da noite pro dia, pequenos movimentos são feitos para realizar uma grande mudança, como essas sementes que somem das cidades e que nos fazem achar uma solução para semear e cultivar e continuar trabalhando, disseminando.
Embora seja, não falo romanticamente, como aquela que apenas espera, falo com meus pés no chão, com os pés de quem valoriza o arado da terra e o cheiro de mar que nos cerca e que cerca todos os continentes. É que aprendemos a ser apenas tangíveis e palpáveis e esquecemos que a matéria dos sonhos é intangível e incomensurável, por isso duvidamos e negligenciamos o direito de sonhar e de realizar. Aprendemos a limitar nossos sonhos pela tangibilidade e sufocamos o intangível dentro de alguma artéria de nossos corações. Um dia tudo isso se abre e seremos capazes de ver o clarão que se faz quando desobstruímos nossos pequenos e delicados canais condutores de sangue e energia.
Meu sonho é não brincar sozinha no paraíso.

Texto inspirado na palestra/seminário/encontro com Lala Deheinzelin promovido pelo Programa Cultiva - Salvador-Ba