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sexta-feira, setembro 14, 2012

"Bach devia ser o Barry white da época dele"

Pra quem ainda não assistiu, vale ver "Os Intocáveis", não a versão do Brian de Palma da década de 80, sem desmerecê-la de forma alguma, mas falo de um lançamento francês que está em cartaz na cidade, não me lembro agora o nome do diretor, também não é isso que importa. O que o coloca num lugar de destaque é um roteiro baseado numa história real e muito simples, mas contada de uma forma incrivelmente deliciosa e alegre. Falar de e poder ser alegre nesses nossos tempos um tanto quanto tensos e extensos, é fundamental e indispensável; movimentar esses músculos faciais produzindo serotonina com apenas o sorriso, é demais.
Mas não se trata apenas de alegria o filme, entre outras coisas, enaltece o valor da amizade e da confiança, coisas realmente vitais e raras, quisera pudéssemos desenvolver em nós essas capacidades e habilidades com mais frequência, muita coisa mudaria. Também fala de leveza, e de tratar assuntos delicados que inspiram uma certa piedade, de forma natural e bem humorada, porque afinal nada é tão sério assim que não valha um sorriso ou uma gargalhada da própria situação delicada, é uma forma também de reconhecer ali uma possibilidade de encontros felizes e sinceros, apesar da gravidade da situação.
Isso me ensina muitas coisas, acho que a qualquer um, como estou aqui pra aprender e compartilhar conhecimento, valeu muito sorrir largamente e sonorizar a minha alegria naquele instante numa sala de cinema. Uma coisa eu sei, não fui a única e isso me provoca uma outra alegria, a da partilha, e se partirmos do principio de que produzimos uma atmosfera que nos circunda e que é emanada adiante, então naquele dia todo o cinema ficou feliz.