exer citando

quinta-feira, maio 31, 2007

Breve homenagem à internet

Ô rapaz não é que essa internética faz falta?
Fiquei três semanas sem ela e uma sem escrever em você.
Quem diria...

terça-feira, maio 22, 2007

MEDIOCRIATIVIDADE: TIRA ESSA ANSIEDADE DO MEU PEITO.

Peço mil licenças e perdões por possíveis equívocos cometidos no conteúdo destas palavras, para falar de um assunto muito delicado cujo objeto prefere ficar invisível e quieto no canto dele.
O não saber constante da existência de Deus perturba tanto, que é quase impossível não mencionar a nossa arrogância diante do óbvio, nossa cegueira diante da grande visão. Ele poderia até se passar por um rapaz tímido que despercebido passa pela maioria dos lugares por onde vai e só é notado por quem realmente o deseja enxergar, muito incoerente com a sua existência, aos nossos olhos, o rapaz. Aliás expansivo esse belo rapaz retraído, pra quê se mostrar mais do que ele já se mostra com tudo o que há, se alguém realmente o quiser conhecê-lo faz isso consigo primeiro e depois silencia pra poder escutá-lo."Por favor não tomem esse texto como um possível estudo para um livro de auto-ajuda, porque ele não vai ajudar a mais ninguém além de mim." De uma sutileza dilacerante, abre meu corpo e minha alma com apenas um sopro que nem mesmo esse se escuta, sem voz, sem cara, sem corpo. Não há como vê-lo se espero quase que por uma aparição fantasmagórica de um grande ser ou um grande monstro, fico pensando: e se ele fosse um ser medonho que homem algum agüentaria olhá-lo e por conta disso ignorasse-o completamente tamanha feiúra a do rapaz? Seria ainda maior o nosso distanciamento gerando as cidades dos homens sem alma, seres totalmente ensimesmados e frios.
Eu penso que é muita confusão que se faz ao tentar ser o seu próprio Deus e matar o original, muito embora precisasse tê-lo feito para saber que ele é imortal, por mais balas, facadas e bombas atômicas que tenha usado para exterminá-lo ele volta tal qual Jason em A Hora do Pesadelo. Assim não me resta mais nada a fazer a não ser curvar-me diante de tamanha sabedoria e admitir o tamanho que eu tenho neste mundo, não precisando ser maior do que o que sou, logo eu cresço para dentro, cresço além do meu corpo e assim eu posso chegar um pouco mais perto da sapiência. É duro ver que as pessoas ainda esperam pelo juízo final e ainda mais de braços cruzados, aguardando o grande estardalhaço de Deus, que ele finalmente dê o seu grande arroto na humanidade e com apenas um peteleco destrua a terra, na moral que ele deve achar um saco essa idéia, depois de tanto trabalho alquímico, biológico, fisico, metafísico e outros tantos dos quais não tenho noção, fazer tudo voltar a ser pó?!... ou vai ver que é isso mesmo, é o tempo dando tempo ao próprio tempo, a criação se livrando das crias, porque tem horas que não sai mais nada que preste, vai ver por isso Ele descansou depois de ter criado o homem (parafraseando o velho testamento). O fardo da criação é o seu descontrole, enchem-se as barrigas de novas crias e depois não se sabe o que fazer com todas elas – Queimem tudo na praça! Recordando os tempos medievais que ainda insistem na contemporaneidade. Pouco se sabe sobre a hora de parar, acho que a insistente velocidade é como a cocaína para a sociedade, um vicio que forja um tempo que não existe, uma velocidade que é assustadora, tal qual o tempo que a nossa sociedade insiste em imbuir em todos como fato consumado, então consuma. Qual o problema em usar a sua adrenalina, queridos mortais? Voltar a ser um pouco mais bicho natural que por ser natural sabe a hora de parar.
Deus, onde estais que não responde?
Deus, onde eu estava que não te ouvia!

ONDE ESTÁ WALLY, GENINHO E O MESTRE DOS MAGOS?

A ira da luta que ainda não aconteceu

Aprendi a antever o fogo e temer ser queimado por ele, aprendi a antever a chuva e temer o naufrágio, aprendi a antever o medo e temê-lo, aprendi a não ver o amor em sua plenitude para não ter que saber o que fazer com isso. Aprendi que prazer é coisa para os fins de semana e não uma conquista diária. Aprendi a rejeitar a minha intuição porque ela é destituída da nossa rasa noção de razão, a razão da mente que nos limita quando insiste em dizer que preto é preto e que branco é branco, que dois mais dois não pode ser um milhão bem gostoso numa noite fria de São João. Mente que maltrata a gente sem juízo. Essa grande e miserável puta sedutora, aquela que homem algum resiste em cair de boca, a mulher fatal, incrivelmente linda, com botas de salto agulha, batom vermelho e uma arma na mão apontando pra você. Fuja enquanto há tempo!

quarta-feira, maio 16, 2007

O pus da sociedade ou É gostoso também ser pus

O pus é aquilo que a sociedade finge não ver e prefere não admitir. O escarro escondido do mocinho e da mocinha, o peido aliviante tão seguramente guardado, o sangue pisado de uma ferida ardida, a palavra dita sem pensar, a lágrima reprimida, a gargalhada escancarada, o pêndulo da corisa da criança imunda, o esgoto a céu aberto, o estupro, o furto, o absurdo da cor de cobre do escremento, a bosta fedida de um maluco que caga no meio da rua. O pus sou eu quando não me encaixo na burocracia, quando não tenho hora para as coisas, quando sonho sozinha, quando me masturbo e gozo, quando durmo sem peso na consciência, quando passo horas com a minha gata sem mais nada fazer, quando faço uma mudança muito radical em mim mesma, quando desapareço, quando apareço, quando nem mesmo ao encontrar semelhantes eu me aproximo, quando poderia me utilizar da minha beleza para ganhar dinheiro e não faço, quando desperto da dor para o amor, quando eu sou o instante imediato do alívio e da pressão. Ah que delícia...

quinta-feira, maio 10, 2007


Ódor

É que enquanto as mulheres abarcam o mundo,
os homens querem sentir o cheiro da fêmea e
basta.

terça-feira, maio 08, 2007

Bom dia

Sou como uma flecha dilacerada indo em direção ao nada. Conter-me é tarefa árdua e preciso aprender a lidar com o ser e o não ser, a me calar quando a ansia em falar se fizer desordenadamente, arrumar os pensamentos, arguí-los se necessário e manifestá-los se preciso. Educar-me para poder um dia atravessar uma parede e não me chocar contra ela, porque ela, assim como eu, não passa de aglomeração de átomo onde se encontram partículas e muito espaço vazio.

segunda-feira, maio 07, 2007

O poço fundo do raso poço

Quem quer entender o raso
entende o raso
Quem quer entender o profundo
entende o profundo.
O poço fundo do raso poço.
O passo largo da formiga assemelha-se
ao justo passo do guepardo.

Ecoa sino retumbante da verdade.
Se de minha boca não sai a chama
não profanarei com palavras
e habitual ignorância
os clamores do tempo.
Saberei eu esperar a saliva
se secar e se refazer
porque anseio em manifestar o belo,
mas quão instável sou eu
para apreender em mim
o que não se apreende
em coisa alguma.

sexta-feira, maio 04, 2007

Formigueiro Gigante ou Monoseio da Deusa


Áridos seios da Deusa ou 2 formigueiros gigantes