exer citando

quinta-feira, agosto 09, 2012

manhã de quinta

"Caminhe alegre pela vida, a mesma força que está dentro de você dirige os universos infinitos".
Comecei meu dia por essa frase, na verdade comecei meu dia pelas tirinhas do Snoopy, logo depois de olhar o céu azul e o sol irradiante, li essa frase e traduziu tudo...
Lao chegou e tudo tem que parar, o computador imediatamente vira seu objeto de desejo, o perco.
Meu tempo é escasso pela manhã pra escrever ou para qualquer outra coisa que não sejam eles, resta-me a tarde e as vezes à noite, como escrever também é um exercício e um hábito, me conforto com o tempo que tenho e escrevo. Falo da vida, falo das coisas, falo do que sei e do que não sei, falo de mim, falo dos outros, falo em palavras escritas pra me organizar e pra mostrar a desorganização também, escrevo porque sempre foi urgente em mim...
Lao volta e me interrompe, ele jura que vai me deixar escrever sozinha, mas entra pedindo pra assistir alguma coisa que não é pra sua idade, algo tipo south park, futurama, homem de ferro ou batman. Eu digo que vai chegar a hora dele assistir, não é agora, ele responde que não é agora mesmo, é na sexta feira às 20:00h. Putz que faço com esse tipo de resposta, é claro que ele tb está certo, fico no ar.
Metralhadora de perguntas, por enquanto é só um, embora o outro já saiba perguntar: - É o quê???? Olho pra ele e percebo a evolução a galopes. Fraldas de cocô de cavalo, não, melhor usá-los como esterco, tudo se transforma.
Vou parar, tá na hora de aprontá-los pra escola, nossa amiga do peito!

quarta-feira, agosto 08, 2012

Hoje eu precisava de um bom motivo pra escrever e achei.

Qual cidades sem sementes, seguimos nós a mudar o formato das relações e esquecemos de cultivar nossos sonhos com amor.
Sabe porque nossos sonhos não se realizam? porque duvidamos deles. Como se não fôssemos dignos de tamanha alegria e satisfação carregamos essa cruz.
Êxtase sem nó no peito é possível, é um trabalho que se faz, mas tudo não é fruto de um trabalho? que seja amoroso pelo menos, porque ele continua sendo o que vale a pena, justifica tudo. As mudanças substanciais não acontecem da noite pro dia, pequenos movimentos são feitos para realizar uma grande mudança, como essas sementes que somem das cidades e que nos fazem achar uma solução para semear e cultivar e continuar trabalhando, disseminando.
Embora seja, não falo romanticamente, como aquela que apenas espera, falo com meus pés no chão, com os pés de quem valoriza o arado da terra e o cheiro de mar que nos cerca e que cerca todos os continentes. É que aprendemos a ser apenas tangíveis e palpáveis e esquecemos que a matéria dos sonhos é intangível e incomensurável, por isso duvidamos e negligenciamos o direito de sonhar e de realizar. Aprendemos a limitar nossos sonhos pela tangibilidade e sufocamos o intangível dentro de alguma artéria de nossos corações. Um dia tudo isso se abre e seremos capazes de ver o clarão que se faz quando desobstruímos nossos pequenos e delicados canais condutores de sangue e energia.
Meu sonho é não brincar sozinha no paraíso.

Texto inspirado na palestra/seminário/encontro com Lala Deheinzelin promovido pelo Programa Cultiva - Salvador-Ba

quinta-feira, agosto 02, 2012

Uma canoa e duas mulheres

Era noite e as duas sairam numa pequena embarcação.
A primeira que segurava o remo, parecia saber a direção e conduzia a outra que estava sentada atrás.
Elas saíam de uma casa que os fundos davam pra um rio e entraram numa pequena canoa.
Elas pareciam ter pressa, mas a que conduzia a embarcação voltava sempre pra casa por esquecer algo que tinha que levar na viagem e ao sair esquecia novamente. A de trás se inquietava porque a viagem sempre voltava do mesmo ponto e ela queria seguir, ir. Mas a que conduzia, voltava sempre meio assustada pra pegar seu esquecimento dentro da casa. Na terceira vez desse movimento de ir e voltar, a de trás pulou da canoa e decidiu ir andando sozinha de volta pra casa, a que conduzia com olhar meio apavorado, pediu que ela tivesse cuidado com a água, cuidado ao andar porque algo estranho acontecia embaixo d'água, algum bicho talvez que pudesse ferí-la, mesmo assim ela saiu do barco, colocou os pés na água, viu uma certa formação na superfície dela. Era noite e a água escura e fria a deixou receosa, ainda assim ela seguiu.

Pequena recordação de um sonho que eu acabei de ter.