Passado o tempo do fastio, vem o tempo do deleite, do rebuliço interno, da bolsa de água, da comunicação corporal, do crescimento visível e invisível. Vem o tempo de apreciar e aguardar com devida ansiedade e respeito por mais uma vida que se chega e que se manifesta em mim e atravez de mim. Uma coisa é sabida, não sou dona desta nem de vida alguma, apenas geradora de tantas vidas quanto forem possíveis, pois nada se compara ao poder da criação, possuí-la é diminuí-la em dimensão e em entendimento.
Desta vez não saberei o sexo, quero mais um prazer, tantos quanto me forem possíveis, e o de ver o sexo no ato do nascimento será o experimentado desta vez. Lá vou eu de novo mergulhar em águas quentes e sangrentas e sentir mais uma vez a cabeça do mundo sair de dentro de mim manifestando o que eu não conseguiria descrever nem que me fossem sopradas as palavras certas, se assim a vida me permitir reviver e novamente experienciar o sopro do infinito, e como arde!